Luz azul-violeta: impactos na saúde visual

O que é a luz azul?

A luz azul está presente em todo o lado, podendo ser emitida não só pelo sol como também pelas fontes de luz artificial e ecrãs. Contextualizando, a luz visível encontra-se no intervalo de comprimentos de onda entre os 380 e os 750 nm (nanómetros). A luz azul corresponde aos comprimentos de onda entre os 380 e os 495 nm e o seu pico de toxicidade situa-se aproximadamente nos 440 nm. A luz azul pode ser prejudicial, mas também tem benefícios. Então a questão que se coloca é: que tipos de luz azul existem? Podemos dividir a luz azul em dois segmentos: A luz azul-turquesa que é benéfica e a luz azul-violeta que é nociva.

A luz azul tem como benefícios a regulação do humor e do ritmo circadiano. A falta de exposição solar pode provocar o aparecimento de sintomas associados ao transtorno afetivo sazonal. O uso de tablets e smartphones antes da hora de dormir e a exposição à luz interrompem o ciclo do sono e provocam insónia e fadiga, por isso se deve evitar o seu uso antes de se deitar.

Por que é que a luz azul-violeta é prejudicial?

Embora não se conheçam ainda todos os efeitos da luz azul a longo prazo, existem já riscos conhecidos, pelo que devemos tentar minimizar o impacto da luz azul nociva na saúde ocular. O sol é a principal fonte de luz azul, pelo que estamos sempre expostos à mesma, sobretudo quando nos encontramos em espaços exteriores. Nos espaços interiores estamos expostos a fontes artificiais de luz azul, como os díodos emissores de luz (LED). Os LED e outras fontes de luz artificial estão presentes nos diversos ambientes domésticos, em tablets, computadores e smartphones.

Esta exposição continuada à luz azul-violeta eleva o risco de cataratas e de uma maior toxicidade na retina, podendo contribuir para a degenerescência macular da idade (DMI).

Os ecrãs: emissores de luz azul

A luz azul faz parte da nossa vida e sempre fez, além de ser fundamental para o funcionamento do nosso organismo. Atualmente, o uso de aparelhos digitais, fontes artificiais de luz azul, fazem parte do nosso dia a dia. A exposição continuada a luzes LED, luzes fluorescentes e a dispositivos eletrónicos, como ecrãs de televisão, computadores, tablets e smartphones, têm um impacto negativo na saúde visual. 

As crianças, à semelhança dos adultos, passam cada vez mais tempo à frente dos ecrãs, pelo que devem ser adotadas medidas para limitar a exposição à luz azul nociva.

As pessoas que passam muitas horas ao computador estão mais expostas à luz azul, pelo que se recomendam pausas frequentes e poderão ainda optar pela utilização de lentes com filtro de luz azul para garantir maior conforto e proteção.

Como proteger os seus olhos da luz azul-violeta nociva

Os olhos possuem proteção natural contra a fototoxicidade. Menos de 1% da radiação UV atinge a retina, pois a córnea e o cristalino filtram essa radiação. Além disso, o pigmento macular luteínico atenua a luz azul que chega à retina.

O uso de medidas foto protetoras, como é o caso das lentes oftálmicas que filtram a radiação UV e a luz azul-violeta nociva, pode ser vantajoso. Não se deve, contudo, optar por um bloqueio total de luz azul, pois uma das particularidades deste tipo de luz é também possuir propriedades benéficas. Alguns aparelhos eletrónicos dispõem de funcionalidades que visam diminuir a exposição à luz azul nociva dos ecrãs.

Existem outras medidas que pode tomar para proteger os seus olhos da luz azul nociva, como reduzir o tempo de exposição aos ecrãs dos dispositivos eletrónicos; manter uma distância de segurança dos ecrãs; fazer pausas; ativar o filtro de luz azul no telemóvel e noutros dispositivos que possuam esta tipologia de filtro.

Se tiver dúvidas quanto às medidas a adotar para proteger os seus olhos dos efeitos negativos da luz azul nociva, contacte um profissional de saúde visual para um melhor esclarecimento.